Envelhecer é uma dádiva

À escrivaninha. 25° lá fora. Céu azul cinzento de fim de inverno. Passarinhos cantando e um sol convidativo a ir lá fora. Suspendii as sessões de Pilates por ora. Tenho me exercitado em casa e praticado o Lion Gong. A maior parte do tempo, passo sentada escrevendo um novo romance.

Meu corpo está mudando, e, consequentemente, meus sonhos e objetivos também.  Quero encontrar novas maneiras de ativar meu corpo, mente e espírito. Eu vejo a vida como frágil e finita e considero uma dádiva especial cada ano novo conquistado.

Aos 67, olho o futuro e desejo ser mais criteriosa com os meus dias restantes.

Decidi colocar minha energia apenas no que mais importa para mim. O envelhecimento é um processo rápido.  Você passa a ser mais seletivo com sua energia. Você não se ocupa com algo que seja um mero desperdício de tempo.

Meus interesses, agora, concentram-se mais em consumir cultura.  Quero ir ao teatro e ao cinema. Aliás, o Teatro aqui do lado reinaugurou. Se não tiver companhia para assistir aos espetáculos, irei sozinha. Quero assistir a musicais e a filmes. Quero ir às aulas de ginástica assim que a disposição voltar. Quero aprender um novo idioma. Quero tanta coisa…

Gosto de ficar em casa, feito um gato.

Tenho mais prazer com o simples ato de criar posts para o blog. E de editar o novo romance. E de ler os livros para os clubes do livro. Eventualmente, participo de encontros literários e culturais. Às vezes, saio para tomar café com amigas especiais. Gosto de ficar em casa, feito um gato, mas, sei que preciso me esforçar e sair do meu lugar de refúgio, de vez em quando.

O sol está lindo e uma brisa fria balança a cortina de renda em frente à escrivaninha.

Envelhecer é uma dádiva. Envelhecer com saúde é uma bênção.

imagem: https://www.canva.com/

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